"Neste momento, 33% das empresas que são criadas em Portugal são projectos de mulheres", afirmou à Agência Lusa Isabel Neves, vice-presidente da Associação Portuguesa de Mulheres Empresárias (APME).
Segundo a responsável, que falava à margem de uma mesa redonda realizada em Évora, subordinada ao tema "O Talento não tem Género", este número traduz o "crescimento bastante grande, nos últimos anos", de empresas criadas por mulheres.
Este fenómeno, segundo Isabel Neves, tem na sua génese dois factores:
Um deles a "maior preparação" das mulheres, que "dominam o número de estudantes universitários e de cursos intermédios", o que leva a que "arrisquem mais".
Mas, por outro lado, empreendedorismo por parte das mulheres também tem crescido à custa da taxa de desemprego feminina, que "é maior do que a dos homens".
"Isto também leva a que as mulheres arrisquem na criação do seu próprio emprego, através de um pequeno negócio ou empresa, e dêem esse pulo cada vez mais cedo", disse.
Quanto à paridade no meio empresarial, Isabel Neves assegurou à Lusa que, em Portugal, "o patamar ideal ainda não foi atingido", mas têm-se vindo a dar "grandes passos".
Isabel Neves acrescentou que existem hoje novas ferramentas e instrumentos legais para alcançar a paridade, mas esta só será possível com "uma mudança de mentalidades", que permita às mulheres conciliarem a vida profissional, pessoal e familiar.
Diário Digital / Lusa
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