Estes últimos dias ficaram marcados pela Moção de Censura que Francisco Louçã prometeu apresentar na AR, já em Março, logo após a tomada de posse do Presidente da República.
Segundo ele, “em Portugal há mais desigualdades do que no Egipto”. Uma afirmação ruim, de um político que desmerece o seu país e que nem a si próprio se respeita.
Disse Louçã que falava por metade dos portugueses, mas percebi, pelas reacções internas, que nem tão pouco falou por metade do Bloco.
E o que fez Pedro Passos Coelho, Presidente do PSD e, diz-se, candidato a Primeiro-Ministro?
Ficou-se pelo silêncio, mas, depois, empurrado por Pacheco Pereira, Santana Lopes, Morais Sarmento e “outros”, virá a público, “mais tarde do que cedo”, dizer que votará contra, tal como a responsabilidade e o Primeiro-Ministro lhe exigem…talvez!
A tentação para o disparate afundou-o na vertigem do silêncio, por tempo demasiado…o tempo de uma esquerda radical…que não de Portugal!
Quem conhece os mercados sabe que este “lapso” é uma passadeira vermelha para a entrada do FMI que Passos Coelho tanto deseja e os portugueses rejeitam.
O Presidente do PSD nunca disse aos portugueses o que tal situação lhes poderia significar: despedimentos na função pública, amputação do Serviço Nacional de Saúde, da Educação e da Segurança Social, pilares que são de um Estado solidário; ou fragilização do Poder Local, da autonomia política e dispensa de direitos constitucionais inalienáveis.
Hoje, domingo, à hora em que escrevo, não adivinho o que se vai passar nos próximos dias, mas sei duas coisas essenciais que o 1º Ministro referiu:
• "Enquanto uns trabalham para defender o seu país, enquanto uns lutam e dão o seu melhor pelo país num momento de dificuldades, os partidos da oposição entretêm-se na Assembleia da República a discutir se é agora ou se é daqui a mais um bocado que lhes convém deitar por terra todo o esforço dos portugueses";• "Não há nenhuma razão de interesse nacional para provocar agora instabilidade política", dado que "o Orçamento está aprovado, o Governo está a executar as suas medidas, os resultados começam a aparecer, como aliás todas as instituições internacionais reconhecem e aplaudem".
Até hoje, Pedro Passo Coelho ainda “navega à vista”, na espuma das coisas, mas era bom que fosse directo aos conteúdos e abdicasse da fase do fato “slim fit”, digo eu. O país não vive de aparências!
JC 2011.02.17
O Bloco ainda tem muito que aprender em matéria de Maquiavelismo político...O Jerónimo, estendeu o laço, e o pato caiu...O Louçã, parece os adolescentes na sua primeira experiência sexual...trás, pás... já está! Até mete dó...alguém diga aquela alminha para estar calado!
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