Os administradores das Autoridades Metropolitanas de Transportes (AMT) de Lisboa e do Porto - organismos criados há dois anos pelo Governo para organizar, financiar e fiscalizar os transportes públicos - vão ter de repor cerca de 200 mil euros de ordenados recebidos indevidamente.
Um despacho dos ministros das Obras Públicas e das Finanças, publicado na semana passada em Diário da República, define os vencimentos destes gestores públicos num escalão abaixo do que sempre receberam desde que foram nomeados - e com retroactivos à data dessa nomeação. «Terão, por isso, de devolver a diferença entre o valor que receberam e o que foi agora determinado como sendo o seu ordenado» - disse ao SOL uma fonte das Obras Públicas.
Segundo os cálculos feitos pelo SOL, os dois presidentes das Autoridades Metropolitanas de transportes de Lisboa e do Porto (respectivamente, Carlos Correia, que na semana passada abandonou o cargo, e Joaquim Cavalheiro) receberam a mais 73 mil euros, enquanto os quatro vogais (dois em Lisboa e dois no Porto) ganharam ordenados que, no total, estão 126 mil euros acima do que foi agora determinado.
A factura é mais pesada para os três gestores da AMT de Lisboa, uma vez que estavam em funções desde Junho de 2009, sendo agora obrigados a repor cerca de 175 mil euros.
Para os administradores da AMT do Porto, o diploma é retroactivo a Setembro de 2010, pelo que, no total dos três últimos meses do ano, terão de repor cerca de 25 mil euros.
«Os responsáveis desses organismos foram devidamente informados», disse a mesma fonte. «Todos sabem que terão de proceder a estas devoluções», acrescentou. .
Por Graça Rosendo*
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