Todos os dias ouvimos dizer que Portugal atravessa dificuldades muito exigentes. A isto se resume a intervenção de políticos e analistas.
Dizem, portanto, uma coisa que toda a gente sabe. Só não dizem como se resolve.
E procuram transmitir que esta é uma situação portuguesa e que tudo o resto, em todo o lado, está bem.
A flagelação da opinião pública é demolidora. Recessão, auxílio externo ou FMI são palavras que se atiram como flechas. Discute-se mesmo se é já ou em Abril que Portugal vai recorrer a terceiros.
Pedro Passos Coelho diz que são precisas reformas profundas e que se fosse Governo já as teria feito. Bom, então que diga quais são e, sobretudo, diga como faria, qual a relação entre as medidas concretas e a vida das pessoas.
Não, não basta dizer que reformava a saúde, a educação, a justiça, que aumentava a produtividade e que auxiliava mais as PMEs. Isso todos dizem, mas explicar como, não se atreve.
O Governo procura demonstrar que as exigências actuais têm um sentido e valem a pena. E apresenta resultados.
Défice inferior aos 7%, execução orçamental, em Janeiro, 58,6% inferior ao esperado, são as duas últimas informações anunciadas pelo Executivo. São resultados reais que credibilizam a nossa economia e nos defendem das agências de rating e dos mercados financeiros.
Á direita do PS, dizem que era preciso ir mais longe. Sim, mais longe, mas o que é que isso significa? O PSD de Passos Coelho não se atreve a explicitar. Não o fará uma única vez.
E, por isso, não aplaudiu a boa execução orçamental e apenas comentou:
"O Governo acha que não deve esperar tanto tempo pela publicação dos boletins oficiais, portanto confirma as notícias que avança à comunicação social. Assim ficamos todos a discutir as notícias e não aquilo que se passa".
Como eu o entendo!!!!
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