sábado, 25 de dezembro de 2010

.....E ENGANAM-SE POR UNANIMIDADE

Chegámos ao final de 2010 bem melhor do que ilustres analistas da nossa praça, Comissão Europeia, Banco de Portugal - entre outros personalidades e instituições - e, claro, a oposição, em uníssono, profetizaram.
Enganaram-se, portanto, por unanimidade. Isto demonstra mesmo que uma maioria de opinião não é uma maioria de razão. E passo a justificar. O flagelo do desemprego entre nós, europeus, é uma realidade e um problema gravíssimo cuja solução nos deve mobilizar a todos. O caminho a seguir é o do aumento da produtividade, da dinamização económica, do incremento das exportações, da diminuição da despesa e do desperdício, da aposta tecnológica e investimento na formação dos nossos recursos humanos.
E tudo acontece se formos capazes de criar mais auto-estima, confiança entre os consumidores e os agentes económicos e estabilidade nos trabalhadores. Convém, por isso, reflectir sobre os elementos quantitativos e qualitativos que nos habilitam a percorrer este caminho.
Por um lado, o crescimento português será quatro vezes superior às previsões da Comissão Europeia de Durão Barroso e as nossas exportações superam as expectativas da mesma fonte, no triplo. O défice comercial externo é o mais baixo desde 2004 e as encomendas à indústria foram as maiores desde Setembro de 2008. Soubemos esta semana que a diminuição do défice para 7,3% é uma realidade consolidada, facto que confirma a previsão do Governo e exprime competência na sua acção. Somos, portanto, um país com indicadores muito positivos que ratificam a estratégia para a ESTABILIDADE E CRESCIMENTO.
Por outro lado, o reconhecimento internacional, a partir da mesma base de avaliação, do progresso “surpreendente” em matéria de educação, da qualidade das políticas de imigração, da acessibilidade das crianças aos cuidados de saúde, da liderança nas energias alternativas, bem como nas políticas de desburocratização e simplificação, ou ainda uma balança tecnológica dinâmica, com saldo positivo, são outros tantos exemplos de como, qualitativamente, evoluímos nos últimos anos.
Desvalorizar estes resultados já não é fazer oposição ao Governo, nem ser parte da solução, é, pelo contrário, fazer oposição ao país e ser parte do problema. Em 2009 foi um erro as previsões para 2010 terem sido sempre “tremendistas”, porque facilitaram a vida aos especuladores, às agências de “rating” e ao sistema financeiro. Continua a ser um erro adoptar a mesma atitude para 2011 “decretando” uma recessão, tal como tinha sido feita para 2010, apesar de todos estes indicadores de confiança. Quem fez desta atitude uma profissão ou uma estratégia política para chegar ao poder terá as suas razões, defenderá os seus interesses, mas não defende nem as razões, nem os interesses de Portugal.
Para além deste esforço derrotista contra o país, ex-governantes das finanças, sobretudo a totalidade dos de Cavaco Silva, Durão Barroso e Santana Lopes, convém lembrar, que com eles e com actual Presidente da República, enquanto Primeiro Ministro, os seus governos e as suas magistraturas acabaram sempre em crise: défices acima dos 7,5%, desemprego a rondar o meio milhão, centenas de milhares de salários em atraso, bandeiras negras nas janelas e nas ruas, e milhares de empresas na falência.
Sim, estes factos serão politicamente incorrectos, parece ninguém querer falar deles, mas uma coisa é certa: eu vejo que o “rei vai nu” e que todos, como referi no início, se enganaram por unanimidade.
   
VOTOS DE BOM NATAL E FELIZ 2011                                                                 JC 2010.12.24

2 comentários:

  1. Não interessa o que os outros pensam de nós, mas sim, aquilo que nós pensamos sobre nós próprios.Os valores dos SOCIALISTAS DEMOCRÁTICOS, são suficientes para fundamentarmos um rumo para ultrapassar esta crise económica e social. Por favor, não tenham medo do futuro, FORÇA e Bom 2011.Melhores Cumprimentos João Carlos Morais

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  2. Na realidade e de acordo com a minha opinião, se se conseguir o explanado, estamos todos de parabens.

    Um Homem jamais se pode sentir derrotado, cansado sim! mas derrotado nunca.
    Eu creio numa frase popular "querer é poder!"

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