Não são apenas os outros (França, Itália, Espanha…).
A Alemanha também não tem respeitado os tratados europeus. Os seus
excedentes comerciais (impressionantes) são prova disso mesmo. E nunca sofreu sanções.
Seria cínico que Portugal (por duas décimas) fosse objeto
de qualquer sanção.
Como sabiamente recordava Helmut Schmidt (2011/12/04), no final do congresso do SPD, “Porque todos os nossos excedentes são, na
realidade, os défices dos outros. As exigências que temos aos outros, são as
suas dívidas. Trata-se de uma violação irritante do por nós elevado a ideal
legal do «equilíbrio da economia externa». Esta violação tem de inquietar os
nossos parceiros.”
Hoje, na Alemanha, a iniciativa do Presidente da
República, ao sublinhar os esforços de Portugal e as previsões da própria
Comissão Europeia para um défice abaixo dos 3%, já este ano, está plena de
oportunidade. Esta é uma atitude partilhada por todos os quadrantes políticos em Portugal. Não me lembro mesmo, recntemente, de uma matéria que tivesse suscitado tanta coesão nacional.
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