sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Já acordo PS, PCP, BE? “Não estamos nessa fase”

Jerónimo, ontem à noite, respondeu desta maneira à pergunta em título. Depois acrescentou: Tratado Orçamental? Reafirmou que o partido não está disponível para o respeitar - "Obviamente, nós não fazemos isso" (...) e foi perentório ao afirmar que desconhece o conteúdo das reuniões entre os socialistas e o BE (...) “Quem nos conhece sabe que honraremos a palavra dada”. Pergunto eu: sobre o quê?

Não estamos nessa fase”, disse esta noite o líder comunista, em resposta à questão sobre se já existe acordo entre o PS, o PCP e o BE. Reafirmando que o seu partido não procura lugares no Governo, Jerónimo garantiu que os comunistas serão fiéis ao que assumiram na campanha e repetiu que o partido não muda de posição em relação ao Tratado Orçamental. Sem adiantar se está pronto o acordo entre o PCP, o PS e o Bloco de Esquerda, Jerónimo de Sousa garantiu esta noite que o PCP está empenhado num “diálogo sincero”, procurando “aproximações e convergências”, com vista à viabilização de um Governo cujos princípios respeitem os compromissos essenciais assumidos pelo seu partido durante a campanha.“Quem nos conhece sabe que honraremos a palavra dada”, afirmou o líder comunista na entrevista dada à “SIC”, acrescentando simplesmente, em relação ao tão falado acordo: “Não estamos ainda nessa fase”. De acordo com Jerónimo de Sousa, “as reuniões de trabalho” prosseguem, na certeza de que “nada propomos de diferente em relaçção ao que foi dito na campanha, seja em matéria de trabalho, educação, saúde ou políticas fiscais”. Em relação ao Tratado Orçamental, o secretário-geral do PCP reafirmou que o partido não está disponível para o respeitar - "Obviamente, nós não fazemos isso" - mas insistiu não ver “contradição nenhuma” entre esta posição e o facto de vir a apoiar um Governo liderado pelo PS, partido que quer respeitar as regras do Euro. Jerónimo de Sousa, que foi perentório ao afirmar que desconhece o conteúdo das reuniões entre os socialistas e o BE, aludiu num outro momento à situação do BES, para sublinhar que os comunistas defendem “o controlo público da banca”, mas lembrou que a banca, tal como as questões do Tratado Orçamental e da reestruturação da dívida, não estão a ser discutidas.“Não lutamos por lugares ou privilégios”, disse ainda Jerónimo de Sousa, queremos, isso sim, “dar um contributo positivo” atendendo à nova realidade que resultou após o processo eleitoral." (Mafalda Ganhão)


Sem comentários:

Enviar um comentário