Jerónimo, ontem à noite, respondeu desta maneira à pergunta em título. Depois acrescentou: Tratado Orçamental? Reafirmou que o partido não está disponível para o respeitar - "Obviamente, nós não fazemos isso" (...) e foi perentório ao afirmar que desconhece o conteúdo das reuniões entre os socialistas e o BE (...) “Quem nos conhece sabe que honraremos a palavra dada”. Pergunto eu: sobre o quê?
“Não
estamos nessa fase”, disse esta noite o líder comunista, em resposta à questão
sobre se já existe acordo entre o PS, o PCP e o BE. Reafirmando que o seu
partido não procura lugares no Governo, Jerónimo garantiu que os comunistas
serão fiéis ao que assumiram na campanha e repetiu que o partido não muda de
posição em relação ao Tratado Orçamental. Sem adiantar se está pronto o acordo entre
o PCP, o PS e o Bloco de Esquerda, Jerónimo de Sousa garantiu esta noite que o
PCP está empenhado num “diálogo sincero”, procurando “aproximações e
convergências”, com vista à viabilização de um Governo cujos princípios
respeitem os compromissos essenciais assumidos pelo seu partido durante a
campanha.“Quem nos conhece
sabe que honraremos a palavra dada”, afirmou o líder comunista na entrevista
dada à “SIC”, acrescentando simplesmente, em relação ao tão falado acordo: “Não
estamos ainda nessa fase”. De acordo com
Jerónimo de Sousa, “as reuniões de trabalho” prosseguem, na certeza de que
“nada propomos de diferente em relaçção ao que foi dito na campanha, seja em
matéria de trabalho, educação, saúde ou políticas fiscais”. Em relação ao
Tratado Orçamental, o secretário-geral do PCP reafirmou que o partido não está
disponível para o respeitar - "Obviamente, nós não fazemos isso"
- mas insistiu não ver “contradição nenhuma” entre esta posição e o facto de
vir a apoiar um Governo liderado pelo PS, partido que quer respeitar as regras
do Euro. Jerónimo de Sousa,
que foi perentório ao afirmar que desconhece o conteúdo das reuniões entre os
socialistas e o BE, aludiu num outro momento à situação do BES, para sublinhar
que os comunistas defendem “o controlo público da banca”, mas lembrou que a
banca, tal como as questões do Tratado Orçamental e da reestruturação da
dívida, não estão a ser discutidas.“Não lutamos por
lugares ou privilégios”, disse ainda Jerónimo de Sousa, queremos, isso sim,
“dar um contributo positivo” atendendo à nova realidade que resultou após o
processo eleitoral." (Mafalda Ganhão)
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