sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

SEGURO DIZ AO 1º MINISTRO: "CUSTE O QUE CUSTAR" SÃO 900 DESEMPREGADOS / DIA

Seguro: "O custe o que custar do primeiro-ministro está a levar 900 portugueses por dia para o desemprego"

António José Seguro criticou a política seguida pelo Governo, e acusou Passos Coelho de levar a cabo uma política "cega", que "ameaça a coesão" e "adia a vida para milhares de jovens."
"O custe o que custar do primeiro-ministro levou ao maior crescimento do desemprego num só trimestre", "está a levar 900 portugueses por dia para o desemprego" e levou a que Portugal tenha registado "a maior taxa de desemprego de sempre entre os jovens."
"Não é uma política é um falhanço, uma ameaça à coesão. É um adiar de uma vida para milhares de jovens", sublinhou em conferência de imprensa António José Seguro, numa reacção aos dados do desemprego divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e que apontam para uma taxa de desemprego de 14% no final de 2011.
"Esta política de austeridade cega vai agravar este drama que atinge todos", salientou. "Mais de 750 mil pessoas procuram emprego, mais de 100 mil emigraram. Ficámos a saber que 771 mil portugueses não têm emprego."
Seguro considera ser “urgente tomar medidas que respondam a este drama social”, tendo pedido um adiar em um ano a consolidação das contas públicas.
O líder do PS salienta que as “empresas estão a precisar de crédito como de pão para a boca” e que “o processo de recapitalização dos bancos não pode ser inimigo da economia” e os bancos não podem desalavancar “o apoio q estão a dar às empresas e à economia.”
“Iremos propor à troika na reunião de segunda-feira” que se aposte na criação de emprego para os jovens, na promoção de exportações e na captação de investimento estrangeiro. O líder do PS defende ainda que se criem condições para que seja possível que jovens, disponíveis, possam tentar recuperar empresas próximas da falência.
“O PS tomará iniciativas”, garantiu, adiantando que, no quadro nacional vai “promover reuniões com todos os parceiros sociais”, sendo que já tem agendadas reuniões com a UGT e a CGTP, na segunda-feira.
No plano europeu, Seguro diz que o PS vai insistir para que se adopte na União Europeia uma governação económica e que seja possível que o BCE emita moeda.
“O PS perante este flagelo não se resigna. Custe o que custar o PS não baixará os braços para lutar contra este flagelo social”, sublinhou.

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