sábado, 18 de fevereiro de 2012

O 1º MINISTRO ENTROU EM CRISE DE AUTORIDADE! (hoje, in Diário as Beiras)

Esta semana, ao ler um diário de referência, tomei nota de que a despesa mensal com os 1689 funcionários do Banco de Portugal anda muito perto dos 5000 euros e que vão receber os subsídios de férias e Natal, tal como a lei manda, “apenas para alguns”. O presidente ganha cerca de 15 000 euros, um pouco mais do que os 13 000 de cada um dos outros administradores, não fazendo conta a outras regalias.
São pessoas muito importantes, certamente com mais responsabilidades do que o Presidente da República, do primeiro-ministro, dos ministros …. e outros titulares de órgãos de soberania que ganham dois terços ou menos de metade, bem menos de metade. Até o Presidente da república teve de optar pelo somatório daas suas reformas – uma das quais do Banco de Portugal – para poder pagar as suas despesas.
Continuando a ler a notícia vejo que há uma lista de reformados famosos, nomeadamente Manuela Ferreira Leite (ex-líder do PSD), Campos e Cunha (ex-ministro das finanças – 3 meses), Miguel Beleza (ex-ministro das finanças do PSD) Leite Campos (vice-presidente do PSD), entre outros. Nada que não se saiba!
A entrada para a Caixa Geral de Depósitos de mais quatro administradores, elevando o seu número para onze, permite-nos constatar que três são do PSD e um do CDS. Todos eles encimados por Nogueira Leite, conselheiro partidário de Pedro Passos Coelho.
Na EDP, o sexteto encabeçado por Eduardo Catroga e os seus quase 650 000 euros anuais, inclui os nomes do PSD e do CDS já conhecidos, sendo que um deles está reformado por invalidez. O ordenado justificará várias reuniões por ano e é igual ao vencimento de 106 famílias que têm de trabalhar todos os dias.
Nas Águas de Portugal saiu a lotaria ao autarca do Fundão que, segundo um diário, vai ganhar 160 000 euros e os encargos com as administrações dependentes da holding custarão cerca de 8 milhões de euros. O autarca passará mesmo de cliente-devedor a administrador-credor, da sua própria autarquia, entenda-se. Sim, a mesma autarquia que perdeu em tribunal contra as Águas de Portugal.
Esta tripa-forra foi agora encimada por um “divertidíssimo” acontecimento que consistiu na proibição da tolerância de Carnaval pelo 1º ministro e na desobediência coletiva de todos, a começar pelos autarcas do PSD.
Por estas e por outras é que venho dizendo, sem que ninguém se dê conta, que o 1º ministro entrou em crise de autoridade!
DB 2012-02-16

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