Farto dos anúncios que sugerem para a próxima terça-feira, Dia dos Namorados (coisa aliás piegas, esta do namorar, no meu tempo dizia-se mais virilmente "andar com"), "jantares românticos", "escapadinhas para spas", "massagens" e "saunas" mais ou menos eróticos, "surpresas" com flores e quejandos, quero contra-atacar. Faço a apologia de ideias alternativas, tais como:
1. Irem os dois (ou os N, depende dos gostos) ver a exposição do Fernando Pessoa, que já abriu na Gulbenkian.
2. Irem os dois (ou os N, depende dos gostos) de abalada até Guimarães, admirarem o centro histórico recuperado, petiscarem nas boas tascas e casas de pasto e verem o que houver para ver na programação da Capital.
3. Oferecerem-se reciprocamente (os dois ou os N, depende dos gostos) bilhetes para o Festival Internacional de Jazz, de quinta 16 a domingo 19, na Casa da Música.
4. Irem beber um copo (ou N copos, depende dos gostos) ao Barthoven, da Orquestra Sinfónica Juvenil, ao Chiado.
5. E, "last but not the least", ofertarem um exemplar (ou N, depende das necessidades) do "Cântico dos Canticos", que é poesia abençoada, na bela edição da Cotovia, tradução de José Tolentino de Mendonça e imagens de Ilda David' - podendo já entregar-se o livro com o segundo verso sublinhado: "melhores tuas carícias do que vinho".
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