domingo, 9 de outubro de 2011

O CONCELHO DE VISEU VAI SER UM BOM EXEMPLO!


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O último programa de Fátima Campos Ferreira mudou de nome. Por um dia chamou-se PRÓS E PRÓS, excluindo o Partido Socialista da mesa de debate. São critérios jornalísticos e, portanto, não se comentam.

Assim, Miguel Relvas pôde dirigir-se a uma plateia, sem contraditório com a mesma oportunidade. Apesar disso, percebeu-se que o “Livro Verde” para a reforma do mapa autárquico não teve acolhimento. Não porque ela não seja necessária, mas porque saiu de um gabinete, feito sabe-se lá por quem, sem ouvir ninguém. Foi pouco feliz não ter prosseguido o debate público iniciado pelo governo anterior, nomeadamente o que estava calendarizado e a acontecer nas universidades. ANMP, ANAFRE, professores, autarcas e público em geral não faltaram ao primeiro na Universidade do Minho.

Um olhar atento para o que aconteceu em Lisboa deixa entender facilmente por que motivo a reforma conduzida pelo presidente António Costa, em estreita colaboração com o PS e o PSD teve êxito. E um outro, desta vez para a Covilhã, permite-nos entender como uma cidade de montanha também iniciou com êxito a sua reforma. O presidente Carlos Pinto, do PSD, conduziu o processo que levou à extinção de quatro freguesias da cidade e à criação de uma nova. É que, num e noutro casos, houve debate, ouviram-se as pessoas em geral e os autarcas em particular.

Posto isto, talvez se compreenda que não poderia estar mais de acordo com uma reforma que considero necessária, que estava em curso e que envolvia toda a gente. Compreende-se, também, que não concorde com a metodologia e critérios deste governo, com um “Livro Verde” que mais parece uma “tese de Mestrado em Matemática”, onde as pessoas só entram com “régua e esquadro”.

O que se perspectiva para o concelho de Viseu não é coisa boa. Estou certo de que a autarquia não se deixará envolver em “cantos de sereia”, mesmo que com “tons de laranja”.

Percebe-se que na cidade não faça grande sentido ter a porta das juntas ao lado da porta da câmara onde se podem encontrar as respostas que competem ao poder local. Nos meios mais rurais tudo é diferente. A “Junta” funciona como referência, como elemento de coesão territorial e social e preserva nas pessoas a sua identidade cultural.

O Presidente da Câmara tem uma experiência de 26 anos de autarquia e eu de metade como deputado, e mais 3 como governante, para além do meu exercício cívico de vereador ou membro da assembleia municipal em Viseu.

O que ambos aprendemos neste “múnus” público vai contribuir certamente para preservar os interesses do poder local e das pessoas pelas quais existe e lhe dão vida. O concelho de Viseu vai ser um bom exemplo!

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