segunda-feira, 6 de junho de 2011

NOVO CICLO POLÍTICO PARA O PS E PARA PORTUGAL

José Sócrates foi o único líder socialista que conseguiu uma maioria absoluta para o PS. Responsável pelos melhores momentos do partido, reequilibrou as finanças públicas, logo que sucedeu ao Governo PSD/CDS, e fez o seu melhor para enfrentar uma crise internacional que nos atingiu duramente.

Foi sempre uma referência na Europa e a Presidência portuguesa da UE, plena de sucesso, prestigiou Portugal. O Tratado de Lisboa e o diálogo Europa, África, Brasil e o forte impulso na aproximação com os PALOP serão sempre um património político incontornável.

JOSÉ JUNQUEIRO
Deixou um país com profundas reformas na saúde, educação, segurança social, inovação, ciência e tecnologia. Com as exportações a subir e uma balança tecnológica positiva diminuiu a dependência dos combustíveis fósseis ao conseguir produzir, através das energias alternativas, 53% da energia eléctrica que consumimos.

Em minoria, e com uma oposição que o foi mais ao país do que ao Governo, sofreu o desgaste natural de quem tem de assumir medidas impopulares e se confronta com um elevado índice de desemprego. Assumiu com nobreza e coragem as dificuldades e serviu Portugal. Demitiu-se e abre, assim, caminho à sucessão. FOI UMA HONRA TER PERTENCIDO AO SEU GOVERNO


ELZA PAIS

O PCP e o BE, esse epifenómeno, atingiram os seus objectivos: ajudar a Direita a derrotar o PS. O BE foi duramente castigado. Perdeu metade dos seus deputados. O PCP nem tanto e elege mais um. E esta rivalidade PCP/BE, para saber quem mais atacava o PS, estendeu a passadeira vermelha à maioria absoluta de direita.

Inicia-se, agora, um novo ciclo político. A Direita tem maioria absoluta no Parlamento e vai formar um Governo de coligação PSD/CDS. O PSD não atinge a meta psicológica dos 40% e o CDS obteve o melhor resultado dos últimos 28 anos.

Em Viseu, embora um pouco menos, o PS perde em linha com a média nacional (-8,02% contra 8,55% no país). Fica à distância de 1,38% dos resultados globais, mais perto, portanto, facto que já se verificara em 2009 (-1,85%).


ACÁCIO PINTO

Viseu não pode ser confundido com um passado que já não existe “cavaquistão”, não só porque já ganhou as eleições no distrito, em 2005, como também por estar politicamente mais robusto do que outros, de norte a sul do país. Está, aliás, em linha com o que demonstrou nas eleições autárquicas em que ganhou mais cinco câmaras, passando a 9, e contribuindo com 1/5 do número líquido a nível nacional

Todos os partidos perdem para o PSD. O CDS tem menos votos e menos percentagem do que em 2009. O PCP aguenta-se com +0,01% e o BE fica com 2,85%, bem longe dos 6,4%. Era esperado.

Agora, aos militantes do PS, importa construir o futuro, organizando-se internamente e fazendo uma oposição responsável, diferente da que nós e o país fomos vítimas, com a finalidade primeira de ajudar a Defender Portugal.

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