sexta-feira, 24 de junho de 2016

Sairam os ingleses da Europa e David Cameron do Governo

E foi assim. A maioria dos ingleses votaram a saída do Reino Unido da Europa. David Cameron considerou-se igualmente derrotado e também saiu, de primeiro-ministro. A linha dura da UE, austeritária, com dois pesos e duas medidas, em conformidade com a dimensão dos países foi também derrotada. 
Eventualmente perderemos todos. O espaço de paz e oportunidade criado há décadas foi tomado de assalto pela economia em detrimento das pessoas. Transformou-se para muitos países num espaço de constrangimento. A soberania popular decidiu assim. Aguardemos as "cenas dos próximos episódios".

Monumento evocativo - João Inês Vaz homenageado em Rebordinho (Viseu)

Um ano depois da sua morte uma comissão organizadora, liderada por Manuel Fernandes, juntou ontem, em Rebordinho (S. João de Lourosa) o presidente da câmara municipal, vereação, junta de freguesia, família e amigos do Prf. Dr. João Inês Vaz. Foi inaugurado um monumento evocativo. As breves palavras que dirigi são o eco do artigo que então escrevi e que agora republico.

João Luís Inês Vaz

Nunca ninguém está preparado para o impensável. No passado sábado tinha participado com o João, na Associação Comercial, num evento promovido por Sampaio da Nóvoa.
E no domingo passámos juntos o final da tarde, no aniversário de um amigo chegado, ocasião em que se celebra a vida e se olha para o futuro de modo auspicioso e duradouro. Foi isso que fizemos, mas a vida, pelos vistos, não partilhava connosco a mesma opinião e na terça-feira subtraiu-o à nossa companhia.
O nosso conhecimento aconteceu nos anos 80, na universidade. Ele professor de Cultura Portuguesa e eu aluno que decidira partir das ciências para o mundo das Humanidades. Anos mais tarde, a universidade Católica foi novamente um ponto de encontro e, desta vez, como professores.
As nossas famílias tornaram-se próximas. Inicialmente, muito por causa da amizade dos filhos. O Edgar e a Gisela cresceram num tempo comum aos nossos. Aprenderam nas mesmas escolas e, em boa parte, com os mesmos professores. Depois foi a vida académica que estreitou o nosso relacionamento. Apesar de no fim dos anos 80 já ser docente na universidade de Aveiro, continuava com a minha família em Viseu e lecionava Literatura Portuguesa na Católica. Ainda chegámos a escrever um artigo comum sobre a Igreja de Balsemão. Acho que foi publicado no longínquo Comércio do Porto. Bons tempos!
Mais tarde, teríamos um percurso político partilhado. Salvo erro, em 1993 o João Inês Vaz concluía o seu doutoramento, e convenci-o por essa altura a partilhar comigo, com o José Manuel Oliveira, ambos independentes, e uma equipa sonhadora, uma candidatura à câmara de Viseu. Aceitou e participámos com entusiasmo numa experiência enriquecedora para todos. Era um tempo de nova e verdadeira cidadania. Os valores contavam.
Edgar Vaz (filho) inaugura com os presidentes de câmara
e junta o monumento
Dois anos depois, António Guterres levou o PS ao governo e a sua escolha para Governador Civil de Viseu recaiu sobre João Inês Vaz. Foram seis anos de vida pública intensa. O distrito deve-lhe reconhecimento por muitas obras e impulsos de desenvolvimento que ajudou a concretizar.
No entanto, nunca perdeu o sentido dos livros, nem a inclinação para a investigação sofreu qualquer afrouxamento. Pelo contrário, continuava a alimentar essa vocação para descoberta e para o escrutínio das nossas origens. Nele, a História e a Arqueologia andavam de mãos dadas e foi-nos deixando em livros, em várias línguas, a herança desse conhecimento. Atualmente presidia ao Centro de Estudos Aquilino Ribeiro.
Nesta sexta-feira, pela manhã, voltarei a encontrar-me com o João Inês Vaz uma última vez, pelo menos por cá. Aqui deixo o meu reconhecimento por tudo o que fez por todos, bem como um abraço profundo e solidário, a toda a sua família e aos seus amigos. Estou certo de que a sua obra não o deixará partir.

DV 2015.06.24 

sábado, 18 de junho de 2016

Viseu - Festa das Freguesias (abertura oficial)

Ontem, no parque Aquilino Ribeiro, teve início a tradicional Festa das Freguesias tendo cada uma montado o seu stand com os produtos que melhor a caracteriza. Grupos culturais e os "bombos" animaram o certame. Uma variadíssima gastronomia, desde as bolas de vinha de alhos até ao típico "rancho", confecionado pelo Regimento de Infantaria de Viseu, consolidou o ambiente de convívio e confraternização.








quinta-feira, 16 de junho de 2016

Chipre ... menos conhecido


(Opinião) Caixa Geral de Depósitos, uma auditoria forense? Sim

Foi a proposta do BE no debate quinzenal como alternativa a uma comissão de inquérito parlamentar proposta pelo PSD. E, na minha opinião, deve ser aceite pelo governo do PS. Será feita por entidades independentes e não sujeitará o banco público à "chicana política" e à sua desvalorização como ativo estratégico. 
A direita sempre quis a alienação da CGD e só não o conseguiu, porque a oposição foi generalizada. A hipocrisia política da direita é intensa, mas ninguém deve temer uma verdade que temos o direito de conhecer. Nos últimos 20 anos foi sempre um jogo de sombras. 
Nem me quero recordar do que escrevi e disse, em nome do PS, quando os administradores aumentaram de 7 para 11 durante o consulado da direita. Tudo tinha justificação. Até quando aumentaram para 14 e agora para 19. Tudo tem sempre justificação que, como se sabe, não é nenhuma. 
Pelo menos o PM, António Costa, desmentiu Marques Mendes e os tais 2000 despedimentos não existirão. Estamos habituados, mal, a que os dirigentes da banca debilitada sigam em frente e os funcionários sejam despedidos. E bem sabemos que não é a estes que se atribui a autoria das imparidades.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

ADSE: O Estado quer destruir o que funciona bem? Faz mal!

O Tribunal de Contas certifica que a ADSE não depende dos dinheiros do Estado, gera um superavit muito significativo e que esse excedente é utilizado pelos governos para tapar os seus próprios buracos em vez de reforçar a capitalização do sistema. Contrariamente ao que se pensa por aí, depende apenas dos dinheiros dos seus quotizados.
Por isso o TC insiste em dizer que o “Estado deve garantir, no futuro, e enquanto o modelo de governação não for alterado, que os descontos dos quotizados são consignados à sua finalidade". Só há problemas, porque o Estado não está a ser sério.

Ao longo dos últimos anos já ouvi, e continuo a ouvir, de ministros (ou aspirantes ao cargo) os maiores disparates e depois constatei sucessivos recuos. Foi sempre mau augúrio. Se não se souber fazer melhor então o conselho é não mexer. Em alternativa, siga-se a sugestão do TC.